[Resenha] O Garoto do cachecol vermelho - Ana Beatriz Brandão


O Garoto do Cachecol Vermelho || Drama , YA || Ana Beatriz Brandão || 294 || 2016 || Verus 

Sinopse:
Uma história comovente, recheada de drama, suspense e romance
Melissa é uma garota linda, rica e mimada, que sempre consegue o que quer e tem todos na palma da mão. Ela acredita que a carreira de bailarina é a única coisa que realmente importa, porém suas certezas são abaladas quando faz uma aposta com um garoto misterioso, que parece ter como objetivo virar sua vida de cabeça para baixo. De repente, Melissa se vê dividida entre dois caminhos: realizar seu maior sonho, pelo qual batalhou a vida inteira, ou viver um grande amor. Mas, não importa aonde ela vá, todas as direções apontam para o garoto do cachecol vermelho... Com esta história intensa e apaixonante, Ana Beatriz Brandão vai emocionar e surpreender o leitor, provando que é uma jovem autora que tem muito a dizer.


S
abe aquele momento que você se sente um ET? Pois bem, estou vivendo ele. Depois de ver o garoto do cachecol vermelho rodar os tabloides literários e fazer tanto sucesso, tive a oportunidade de me lançar na leitura, a parceira Lilian Comunica me disponibilizou o exemplar e pensei porque não? E assim me lancei em uma leitura que tinha tudo para ser perfeita, mas que foi apenas boa.

Melissa tem 19 anos, uma jovem com um sonho, se tornar a maior bailarina brasileira negra da história, em seu percurso haverão inúmeros obstáculos, mas ela não pensara antes de passar por cima deles é de qualquer pessoa na sua rota.

Tudo na vida tem um preço, mas nem tudo vale o preço cobrado.

Daniel é um jovem musicista talentoso é perfeito demais, com um coração maior que o mundo é uma bondade que merece ser repassada para frente, ele faz de tudo pelos outros e depois de cruzar com Melissa resolve que talvez valha a pena salvar a garota dela mesma.

Nunca na minha vida, me deparei com uma personagem tão insuportável quando Melissa, ela já começa o livro gerando ódio no leitor, e isso não melhora!! Ela é infantil, preconceituosa, grosseira e egoísta, defeitos de mais para habitar apenas um ser humano, e ainda sim Daniel se aproxima e acaba fazendo um acordo, dois meses para ele mostrar pra ela que o mundo pode ser muito mais que bem material e ela pode seguir seu rumo, o desenrolar do acordo? Previsível, mas ainda sim tocante.

A única coisa que me levou a seguir a leitura foi Daniel, sua bondade e suas atitudes são cativantes, e quanto mais doce ele se mostrava, mais eu me perguntava que diabos ele estava fazendo ao lado daquela megera, o que de tão bom ele poderia ter visto naquela garota. E quando percebi o desfecho que a autora pretendia dar ao personagem, meu ódio foi palpável.

Daniel tinha esse poder sobre as pessoas. Ele era como um farol no meio da noite escura, um ponto de luz que você tem que seguir se quiser sobreviver.

Apesar do livro ter temas pesados incluídos no enredo, e a maioria das tragedias terem se abatido sobre Melissa, seu passado em nada justificou suas atitudes, depois de tudo que ela viveu eu esperava mais, e ainda sim os temas não discutidos com profundidade e a impressão que tive, é que a autora jogou eles ali para de alguma forma justificar a personalidade da sua protagonista e não rolou, de forma alguma.

Com um enredo clichê é previsível, O garoto do cachecol vermelho tinha tudo para ser melhor, mas por ser o primeiro livro da autora e levando em consideração sua idade, acredito que ela ainda tenha muito a evoluir e possa sim ser uma grande escritora, ainda não desisti de você Ana Beatriz.

O livro é uma história sensível, em alguns momentos forçada, mas que pode e para mim foi dava por Daniel, mas ainda sim gostaria de poder mudar o final. Talvez sua intenção fosse mostrar a realidade do mundo, e para algumas pessoas pode até colar, mas me apeguei ao personagem e desejava muito mais para ele.

Se vou ler A garota das sapatilhas brancas? Provavelmente, quero ver se a autora evoluiu e por ser Daniel o protagonista quero entender seus motivos que para mim tiveram uma explicação fraca.

Para quem curte um bom YA e adora chorar, esse é o livro, já que independente de qualquer rancor da protagonista os últimos momentos do livro me levaram as lágrimas e me fizeram diminuir um pouco minha raiva dela.





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