[Resenha] A luz que perdemos - Jill Santopolo

A Luz que Perdemos || Duas vidas. Dois amores. Uma escolha. || Romance || Jill Santopolo || 272 || 2018 || Arqueiro 

Sinopse:
Lucy e Gabe se conhecem na faculdade na manhã de 11 de setembro de 2001. No mesmo instante, dois aviões colidem com as Torres Gêmeas. Ao ver as chamas arderem em Nova York, eles decidem que querem fazer algo importante com suas vidas, algo que promova uma diferença no mundo.
Quando se veem de novo, um ano depois, parece um encontro predestinado. Só que Gabe é enviado ao Oriente Médio como fotojornalista e Lucy decide investir em sua carreira em Nova York.
Nos treze anos que se seguem, o caminho dos dois se cruza e se afasta muitas vezes, numa odisseia de sonhos, desejo, ciúme, traição e, acima de tudo, amor. Lucy começa um relacionamento com o lindo e confiável Darren, enquanto Gabe viaja o mundo. Mesmo separados pela distância, eles jamais deixam o coração um do outro.
Ao longo dessa jornada emocional, Lucy começa a se fazer perguntas fundamentais sobre destino e livre-arbítrio: será que foi o destino que os uniu? E, agora, é por escolha própria que eles estão separados?
A Luz Que Perdemos é um romance impactante sobre o poder do primeiro amor. Uma ode comovente aos sacrifícios que fazemos em nome dos ­nossos sonhos e uma reflexão sobre os extremos que perseguimos em nome do amor.


L
ogo de cara, a capa me ganhou, achei chamativa e bem trabalhada, a sinopse me fez pensar em um romance doce, daqueles que aquecem o coração, mas quando iniciei a leitura, nos primeiros minutos me senti perdida, e quando enfim me achei... fiquei sem ar.

(...) Há algo na morte que faz as pessoas desejarem viver. Nós queríamos viver naquele dia, e não nos culpo por isso. Não mais.

Em a luz que perdemos vamos conhecer Lucy e Gabriel, dois jovens que se conhecem na época da faculdade em um dos momentos que marcaram a história dos EUA, no fatídico 11 de Setembro.

Eles se conheceram no dia do atentado que chocou o mundo, mas ao invés de apenas cruzarem os braços e aceitarem a desgraça que assolou a sociedade em que eles viviam, eles resolveram erguer a cabeça e fazer algo memorável, se tornar a diferença no mundo, fazer a diferença para as pessoas.

Então um romance desponta entre os dois, mas o destino os afasta logo de cara fazendo com que reste apenas lembranças, um tempo se passa e eles se encontram novamente, agora mais maduros, mas ainda longe de serem aquilo que prometeram um ao outro.

Quando Gabe alcança seu objetivo e resolve enfim seguir sua carreira, esse sonho só pode ser realizado à distância, e assim começam as escolhas de nossos personagens.

(...) Toda vez que encontro você, o mundo está aos pedaços.


A Luz que perdemos é narrado em primeira pessoa, e é através dos olhos de Lucy, que conheceremos e acompanharemos esse amor  que se manteve vivo por 13 anos, independente dos obstáculos e dos rumos que os protagonistas seguiram.

Não dá pra falar muito do enredo sem relatar coisas importantes, porque cada segundo, cada encontro e cada memória aqui são muito importantes. Jill criou uma história que apesar de lembrar livros como Nós Dois, Simplesmente Acontece, Novembro 9, entre outros que possuem essa trama onde os personagens se encontram várias vezes, aqui nada é o que parece, ao começar pela narrativa. Lucy não está relatando sua história para um desconhecido, ela fala com Gabe, e ao decorrer das páginas o leitor vai ficando cada vez mais curioso sobre essa interação, e aos poucos vai se atualizando dos acontecimentos que afastaram esse casal.

A Luz que Perdemos é um livro que fala de amor, não o amor egoísta, aquele que prende e que mantém por perto, mas aquele que liberta, que aceita as diferenças e apoia os sonhos, um amor que ultrapassa a barreira do tempo e que perpetua na alma até o fim.


Às vezes, dias comuns se transformam em dias extraordinários quando menos se espera.


Esse livro é daqueles que te faz refletir sobre a vida, te faz olhar o parceiro e analisar o "e se", mas na verdade te faz notar que alguns "e se" são perigosos, e que mais vale amar, mesmo que a distância do que nunca ter amado.

Um livro de escrita leve e contemplativa, a escrita da autora te prende não só por sua leveza, mas também pela perspicácia com que os acontecimentos vão se desenrolando, mantendo o leitor preso a cada página e com sede de final feliz.

Uma leitura que super indico, para quem romances, histórias que nos fazem refletir e abrir os olhos para algumas coisas da vida real. A luz que perdemos te fará enxergar o amor com outro olhos.


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