Resenha | A Princesa das Cinzas #01 - Laura Sebastian

A Princesa das Cinzas - Livro 01 || Ash Princess Trilogy #01 || Fantasia , YA , Romance || Laura Sebastian || 352 || 2018 || Arqueiro 


Sinopse:
A jovem Theodosia tem seu destino alterado para sempre depois que seu país é invadido e sua mãe, a Rainha do Fogo, assassinada. Aos 6 anos, a princesa de Astrea perde tudo, inclusive o próprio nome, e passa a ser conhecida como Princesa das Cinzas.
A coroa de cinzas que o kaiser que governa seu povo a obriga a usar torna-se um cruel lembrete de que seu reino será sempre uma sombra daquilo que foi um dia. Para sobreviver a essa nova realidade, sua única opção é enterrar fundo sua antiga identidade e seus sentimentos.
Agora, aos 16 anos, Theo vive como prisioneira, sofrendo abusos e humilhações. Até que um dia é forçada pelo kaiser a fazer o impensável. Com sangue nas mãos, sem pátria e sem ter a quem recorrer, ela percebe que apenas sobreviver não é mais suficiente.
Mas a princesa tem uma arma: sua mente é mais afiada que qualquer espada. E o poder nem sempre é conquistado no campo de batalha.


Logo quando vi a capa de Princesa das Cinzas, me senti tentada a me aventurar nessa história, sou fanática por fantasias, e já li várias onde as mulheres são grandes protagonistas, e apesar das posições negativas com relação a nossa protagonista, tenho meu ponto de vista.

Thora é conhecida como A Princesa das Cinzas, quando era criança ela realmente era uma princesa, filha da Rainha de Astrea, uma terra que vivia em plena harmonia, até ser invadida e dominada pelos Kalovaxianos, um povo que distribui destruição por onde passa e abusa das terras até não existir mais vida.

Depois do assassinato de sua mãe, Theodosia foi criada como uma escrava de luxo, mantida em cárcere no castelo dos Kalovaxianos com o intuito de manter seu povo sobre controle, se eles achassem que a única rainha sobrevivente estava confortável com a situação, eles também estariam e assim não haveriam rebeliões. E de certa forma ela estava, depois de passar dez anos sobre o controle do Kaiser perdendo as esperanças de fuga a cada rebelião, ela se torna um animal dócil e dominado, ela se torna Thora.


Thora é muito mais simples. Ela é vazia, sem passado ou futuro. Sem desejos. Sem raiva. Somente medo. Somente obediência.


Mas algo surpreendente acontece, o Kaiser capturou mais um Astreano, mas esse não é qualquer um, é o pai de Thora, sua última esperança de liberdade, aquele que ela acreditava estar morto, e que estará em breve pelas suas próprias mãos. Matar seu próprio pai, desperta algo há muito adormecido dentro da jovem princesa. Um sentimento de repulsa e revolta desperta a princesa das cinzas que se vê obrigada a lutar para honrar seu pai e seu povo e conquistar vingança contra os Kalovaxianos.
Theodosia terá ajuda nessa sua nova jornada, um amigo há muito perdido que retorna para salvá-la, juntos eles criarão um plano de fuga e vingança quase perfeito, se não fosse pelos sentimentos confusos da princesa.

Levando em consideração os comparativos do livro, confesso que ele gera tremendas expectativas, sou fã de Jogos Vorazes e imaginar uma nova Katnes me levou ao êxtase, mas nem de longe Theodosia se equipara, apesar das duas terem despertado para a guerra em algum momento, Katnes não fraqueja e não repensa, ela sabe quem é seu inimigo e sabe o que tem que fazer, já Theodosia fica dividida entre sua vingança e seu conforto, o medo de ser vencida e se ver sendo torturada mais uma vez a deixa em cima do muro, sem falar nos seus sentimentos por sua amiga, filha do homem que matou sua mãe e o jovem príncipe.

Thora passou 10 anos sendo torturada e maltratada, apesar de viver dentro do castelo, era vigiada 24 horas, usada como troféu em cada festa ou banquete, sendo apresentada com uma coroa de cinzas, uma forma de chacota a sua mãe, a Rainha do Fogo, além do que, a cada rebelião Astreana, a menina é espancada como forma de represália. Se isso tudo não for o suficiente para apagar a chama da vida de alguém, eu não sei o que mais poderia ser... Então é claro que ela não vai virar uma revolucionária da noite pro dia, e sim, isso torna a protagonista confusa e até mesmo irritante.


Sou um cordeiro na toca do leão e não sei se sou capaz de sobreviver.


Theo se sente travada pelo medo, e por mais que saiba o que deve fazer, ela não sabe como ou se deve, se vale o risco ou se é melhor continuar na vida que já está habituada, afinal ela não tem mais ninguém, e é aí que Blaise entra, seu amigo de infância que prometeu protegê-la, dando um pouco de sentido a luta e a fuga.
Eu vi muitas críticas com relação a história e ao comportamento da protagonista, mas dentro do contexto ele faz total sentido pra mim, as pessoas conseguem entender alguém se apaixonar pelo seu sequestrador, mas não conseguem compreender o medo? Thora não é a melhor protagonista do mundo, mas prevejo que no segundo livro ela estará mais madura e mais corajosa, depois da metade do livro, mudanças sutis já começam a acontecer e é possível perceber que a autora está dando um novo rumo a vida da princesa.

Apesar de todas as críticas e dos momentos em que quis dar um bom tabefe em Thora, eu gostei da história e estou ansiosa pela continuação. A autora soube trabalhar os personagens e as cenas de suspense, em praticamente todos os momentos do livro, a confusão e indecisão da princesa tornam tudo muito nebuloso, o que faz com que o leitor não se sinta seguro em chutar o final, sendo assim só posso dizer que me surpreendi com os últimos acontecimentos que sem dúvidas foram de tirar o fôlego.

Com uma escrita curta e direta a autora leva o leitor em uma viagem cheia de dor e medo, mas acima de tudo cheia de aventura e fantasia, em um mundo incrível e avassalador. Com uma capa que representa perfeitamente a obra, Princesa das Cinzas com certeza foi uma leitura muito boa e que super indico para quem gosta do gênero.


Meu nome é Theodosia Eirene Houzzara e, como minha mãe e todas as minhas antepassadas antes dela, sou uma Rainha do Fogo, com o sangue de um deus nas veias.


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O Kaiser assassinou a mãe de Theodosia, a Rainha do Fogo, quando Theo tinha apenas seis anos. Ele tomou o país de Theo e a manteve prisioneira, coroando sua Ash Princess - um animal de estimação para brincar e humilhar por dez longos anos. Essa era acabou. O Kaiser achou seu prisioneiro fraco e indefeso. Ele não percebeu que uma mente afiada é a arma mais mortal.
Theo não usa mais uma coroa de cinzas. Ela tomou de volta seu título de direito, e um refém - Prinz Soren. Mas seu povo continua escravizado sob o domínio do Kaiser, e agora ela está a milhares de quilômetros de distância deles e de seu trono.

Para recuperá-los, ela precisará de um exército. Só garantir um exército significa que ela deve confiar em sua tia, o temido pirata Dragonsbane. E de acordo com Dragonsbane, um exército só pode ser produzido se Theo levar um marido. Algo que uma rainha astreana nunca fez.

Theo sabe que a liberdade tem um preço, mas ela está determinada a encontrar uma maneira de salvar seu país sem se perder.

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