[Resenha] Stalker - Tarryn Fisher

Stalker || Tarryn Fisher ||  Thriller Psicológico || 288 || 2018 || Tag -Experiências Literárias e Faro Editorial

Sinopse:
Deprimida após sofrer um aborto espontâneo, Fig Coxbury passa seu tempo em praças observando as crianças que poderiam ser a sua filha. Até que uma menininha brincando com a mãe desperta uma obsessão. Logo, Fig se vê mudando de casa e de bairro não por necessidade, mas porque a casa vizinha oferece tudo o que ela mais deseja: a filha, o marido e a vida que pertence a outra pessoa.

E mais uma caixinha cheia de amor chegou por aqui, essa é a segunda caixa da Tag Inéditos, que tem como objetivo trazer livros ainda não lançados aqui no Brasil, e que são sucesso lá fora para seus leitores. E na segunda caixa recebemos Stalker, escrito pela conhecida Tarryn Fisher que já conquistou vaários corações com seus romances publicados por aqui.

(...)Quando a gente vive no interior da própria cabeça o tempo todo, as coisas se distorcem.

Fig definitivamente não bate bem, depois de sofrer um aborto e visitar uma médium, ela acredita que sua filha vai reencarnar e elas enfim ficarão juntas. E é com esse pensamento que ela encontra Mercy, uma doce menina que vai ao parque com a mãe, mãe essa que Fig apelida carinhosamente de Desnaturada.

Depois de seguir mãe e filha até em casa e descobrir onde moram, Fig compra uma das casas vizinha a da família para se aproximar daquela que acredita ser sua filha, e aos poucos Fig vai se aproximando da família e adentrando cada vez mais o círculo dessas pessoas.

E depois de se aproximar, Fig decide que quer tudo, não só a filha, mas a vida perfeita de Jolene, na sua concepção ela não merece o marido perfeito ou as leitoras que a idolatram, ela é fraca e Fig deseja arrancar tudo dela. Jolene por sua vez, é o tipo de pessoa altruísta até demais, e depois que se aproxima de Fig que começa a controla-la com suas histórias tristes e seu poder de persuasão, ela está determinada a ajudar a pobre vizinha a ter uma vida melhor, mesmo com Darius, seu marido a alertando que a vizinha deles é uma sociopata. 

Quando iniciei a leitura eu acreditava que o foco era a criança, afinal, Fig se aproximou e se mudou pela menina, mas conforme as páginas vão passando e Fig vai relatando os acontecimentos, fica claro que ela não quer só a menina, ela quer tudo! O marido que ela achou perfeito e a família que ela acredita que merece, nesse ponto lembrei muito de A outra Sra Parrish, mas para por aí. 

(...)Nós somos produtos das nossas primeiras experiências, replicando as formas como nos ensinaram a amar, a fazer sexo e a interagir com a humanidade.

O livro é uma confusão só, não consigo descrever de outra forma, já que terminei a leitura e fiquei me sentindo mais perdida do que quando comecei, como diz minha amiga Bel:  o enredo é uma mistura de nada com coisa nenhuma!!! 

O livro é dividido em três partes, cada parte narrada por um personagem, e nesse momento você descobre que nem tudo são flores, e que as aparências enganam demais, não se iluda achando que a grama do vizinho é mais verde que a sua. Nesse momento o livro ganhou um pouco mais de brilho, e achei que aqui seria o momento do Plot Twist, ainda inspirada pela A outra Sra Parrish que faz justamente isso com o leitor, mas Tarryn não seguiu o mesmo caminho, e apresentar o ponto de vista dos outros personagens só deixou tudo mais nublado ainda. 

Apesar da escrita da autora ser muito gostosa, o que com certeza me levou até a última página, a história não foi satisfatória, o fim não me convenceu de forma alguma e acabei a leitura com a sensação de que podia ter sido imensuravelmente melhor e não foi. Vi pessoas que gostaram muito da leitura e gostaria de ter passado pelo mesmo sentimento, mas comigo não rolou, fiquei esperando por algo surpreendente e talvez minhas expectativas tenham frustrado minha leitura!

Com certeza vou me aventurar em outros livros da autora, porque como descrevi acima, sua escrita é bem gostosa e vale o esforço de ir até o fim, por isso quero dar uma segunda chance a ela e ver se com outro enredo ela me convence mais. Apesar de não ser o melhor livro da vida, Stalker é gostosinho de ler, e vale a tentativa, como eu disse, vi muitas pessoas que gostaram e você pode ser uma delas.


Enviar um comentário

0 Comentários